Pais e professores têm dificuldades em encontrar problemas psicológicos nas crianças

 

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Pais e professores têm dificuldades em encontrar problemas psicológicos nas crianças

.Anderson Xavier

Exemplos clínicos e vários estudos vêm demonstrando que, em muitos casos, não existem problemas de comportamentos nas crianças e adolescentes, conforme afirmam professores e pais.

De forma geral, comportamentos indesejáveis (ficar mal humorado e nervoso, matar ou “enforcar” aula, muitas vezes ser desobediente etc.) também são encontrados em crianças e adolescentes que não são encaminhados a terapia, evidenciando que são comportamentos comuns para sua faixa etária, meio cultural e social.

Muitas crianças e adolescentes dispõem de comportamentos desejáveis (ajudar os outros, expressar carinhos, fazer perguntas etc.), mas não têm a oportunidade de mostrá-los na escola, onde provavelmente se comportam segundo as normas e diretrizes das entidades. Eles percebem que, agindo de forma indesejável, encontram atenção do adulto e dos colegas e conseqüentemente são motivados a repetirem tal comportamento.Os professores, ao encaminharem as crianças e os jovens à psicoterapia, costumam levar mais em consideração os comportamentos indesejados que os desejados, mostrando que estão com a atenção mais voltada aos comportamentos negativos.

Os meninos são os mais indicados para o tratamento psicológico por apresentarem mais comportamentos indesejáveis que as meninas. Já as meninas aparentam ter comportamentos mais maduros em algumas habilidades interpessoais, como tomar iniciativas e expressar opiniões, e apresentam mais problemas internalizados (medo, timidez etc.), mais comuns em pessoas mais velhas.

As crianças e os jovens, ao interagirem com os colegas e adultos de forma socialmente habilidosa e desejável, podem conseguir atenção e também ser menos rejeitados. Conseqüentemente, terão mais atenção e diminuirão o número de comportamentos indesejáveis. Só temos que motivá-los sempre que esses comportamentos aparecem.

Conhecer as razões que levam pais e professores a encaminharem essa população para psicoterapia é um tema de grande relevância quando se pensa em realizar trabalhos preventivos. Quanto mais conhecimentos tiverem sobre os reais motivos para o encaminhamento psicológico infantil, mais facilmente é possível evidenciar os verdadeiros fatores que fazem os pais e professores identificarem “crianças e adolescentes problemáticos” em meio a outras consideradas ajustadas. Identificar corretamente crianças e jovens que merecem atenção psicológica é ainda mais relevante quando se observa que parte dessa população que busca ajuda psicológica, na realidade, não apresenta problemas comportamentais significativos a ponto de serem encaminhadas aos consultórios psicológicos.

É evidente que pais e professores precisam receber mais orientações sobre os verdadeiros comportamentos desajustados. Esse treinamento tem que ser feito por psicólogos e profissionais da área da saúde mental em escolas e centros especializados.

Palavras-chave: Psicólogos, Psicologia Infantil, Pais, mães, problemas psicológicos.

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Timidez na adolescência: jovens sofrem com déficit de habilidades sociais.

Roberta Oliveira

“Meu filho é tímido, mas vai muito bem na escola e não me dá trabalho... É um adolescente muito disciplinado...”

Escutamos muito esse tipo de discurso de pais e professores, mas a timidez (ou retraimento social) pode ser um indício de problemas emocionais e comportamentais em adolescentes.

Jovens tímidos geralmente mantêm relações insuficientes com seus amigos e apresentam um padrão de conduta com carência ou déficit de relações interpessoais e com freqüência evitam ou se esquivam de contatos sociais. Como é um problema que afeta pouco as pessoas ao seu redor, este comportamento acaba sendo banalizado, sem a devida atenção e importância. A timidez é considerada comportamento internalizado, aqueles expressos “para dentro”, como depressão, medo etc.

Ser habilidoso socialmente é fator importante no desenvolvimento humano. Devido à sua importância para a sociedade, no Brasil existem profissionais que estudam o seu funcionamento e tratam as pessoas que sofrem por causa dos seus déficits de habilidades sociais. Infelizmente a timidez na infância ainda é pouco investigada por muitos colegas de profissão.

A ansiedade leve ou moderada e a inibição do desempenho em relações sociais podem estar relacionadas a condições genéticas e de aprendizagem, ficando muito difícil fazer uma separação entre esses dois fatores. Por exemplo, jovens que têm pais tímidos.

O relacionamento social adequado e satisfatório é fundamental para uma vida saudável. Muitos adolescentes tímidos sofrem por apresentar um repertório de habilidades sociais deficitário, que prejudica o seu desenvolvimento cognitivo, podendo ocasionar problemas afetivos e comportamentais.

Entre muitas intervenções com os jovens, uma que se destaca é o treinamento da melhora da assertividade. Um adolescente assertivo é aquele que demonstra os componentes necessários para um comportamento social adequado e conseqüentemente competente. Desenvolver a assertividade é enfrentar situações que envolva algum risco de conseqüências negativas e, quando são manifestadas, não afetem com tanta intensidade a pessoa “tímida”. Ela já estará treinada para administrar o autocontrole dos sentimentos negativos despertados pela ação do outro e não se sentirá tão incapaz diante da situação “conflituosa”. O jovem aprende a expressar de forma apropriada os seus sentimentos com redução de sua ansiedade e conseqüentemente o aumento de sua auto-estima.

É preciso também trabalhar com a família e professores, treinando e entregando materiais com orientações simples de manejo comportamental e registros dos comportamentos dos adolescentes e de seus colegas.

É muito importante a participação dessas pessoas no manejo da timidez do jovem, mas infelizmente muitos terapeutas encontram dificuldades de adesão dessas pessoas nesse tipo de intervenção, já que essa problemática se caracteriza por uma situação de comportamento internalizado, que não afeta diretamente o meio onde o adolescente convive. Os problemas externalizados (impulsividade, agressividade, oposição etc.) têm mais adesão por parte da família e da escola, por afetarem diretamente essas pessoas.

Relacionar-se com companheiros da mesma faixa etária é fundamental para o jovem não correr riscos de apresentar dificuldades emocionais em seu desenvolvimento. A timidez aguda, se não tratada de forma adequada, pode trazer transtornos futuros para os adolescentes e seus familiares.

Palavras-chave: Psicólogos, Psicologia Infantil, Timidez, Jovens, Adolescentes.

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